Wednesday, December 30, 2009

Dia de chuva, dia de cultura





Aproveitando o dia de chuva ontem fomos aos principais museus de Tel-Aviv: o Museu da Diáspora Judaica e o Museu de Arte de Tel-Aviv.

O Museu da Diáspora fica no campus da universidade de Tel-Aviv. Não é muito grande, mas bem organizado, com as várias dimensões da vida das comunidades judaicas ao redor do mundo.

Descobrimos na prática que o museu é um grande hit entre as escolas da cidade. Havia uns grupos muito barulhentos por lá.

O Museu de Arte é um espetáculo. Formado basicamente por coleções particulares, ele tem obras de todo mundo que interessa desde o impressionismo até arte contemporânea.

O que mais chamou a atenção foram as obras do Zadok Ben-David, especialmente a montagem Black Field.

Tuesday, December 29, 2009

Nitzanim






Ontem fomos visitar a família da D. Fany no Kibbutz Nitzanim. Fomos muito bem recebidos pelo Mario, Keren, Jonathan e a Verônica.

Chegamos pela manhã e fomos logo fazer um tour pelo Kibbutz. Vimos as instalações de ordenha, a fábrica de cadeiras, que produz assentos para blindados do exército americano, e os espaços comunitários. Estava um dia agradável, com um pouco de sol.

Almoçamos muito bem. As crianças (e os adultos) adoraram o frango da prima Keren e as batatas do Tio Mário.


À tarde fomos ver o túmulo da Tia Rosa. Fica em um cemitério muito bonito, sereno, perto das dunas de Nitzanim e do mar.

Após à visita ao cemitério fomos até a beira do mar para ver de perto o Mediterrâneo de perto. O que conhecemos mesmo foi o vento do inverno israelense.





































Ao final da tarde fomos colher laranjas e mexericas. O Artur, a Sofia e o Daniel já podem colocar no currículo o seu trabalho árduo colhendo tapuzim nos kibbutzim de Israel.

Um encontro inesquecível com uma parte da família que pouco conhecíamos ao vivo e em cores.


Almoço da parte muçulmana



Após a visita ao muro, batemos perna pela cidade antiga e fomos almoçar num restaurante na parte árabe.

Essa é a parte mais animada da cidade antiga, com muito mais gente e comércio que as demais (Cristã, Judaica e Armênia).

A D. Fany fez amizade com os demais clientes do restaurante.


Monday, December 28, 2009

Muro das Lamentações




Momento importante da viagem, ontem fomos à Jerusalém. Fica a 80 km de distância mas levamos quase 2 horas devido ao trânsito na chegada à cidade.

Naturalmente, iniciamos o passeio pela Cidade Antiga e, dentro dela, fomos direto para o Muro das Lamentações.

Para quem quiser dar uma olhada e "sentir o clima" do lugar, aqui está a câmera que transmite imagens do muro em tempo real


Sunday, December 27, 2009

Tel-Aviv parece Porto Alegre!




Pois é. Viemos até aqui e Tel-Aviv parece POA. Tá bom, Porto Alegre melhorada.

A cidade não é grande, nenhuma história visível, mas é simpática e animada. Muita gente bonita na rua, cafés e restaurantes transados e muitos cachorros levando os donos para passear.

Almoçamos num restaurante judaico-polonês e comemos as comidas da vó Rebeca. Especialmente os pepinos em conserva. Chama-se café Batya e existe desde 1941.

Tem praia também. No verão deve ferver. Em dezembro não fez muita diferença.


Chegada em Israel

Chegamos bem em Israel no sábado à noite.

São apenas 2 horas de vôo, embora para a Miroca tenha parecido bem mais. Ao lado dela sentou um garoto israelense que fedia pacas! E fazia limpeza nasal com a unha do minguinho.

Alugamos um carro grande, com espaço para toda a trupe mais as malas.

Sem falar no GPS, responsável por uma grande redução das brigas da família desde a sua adoção há alguns anos. O GPS fala italiano e já o batizamos de "Antonella". Eu brigo com ela e não com a Miroca. Grande avanço!

Friday, December 25, 2009

Torre Galata


Subimos também na Torre Galata, que fica bem ao lado aqui de casa. É típico, a gente faz os passeios distantes e deixa os próximos sempre para depois.

A nossa parte da cidade fica acima do Golden Horn e da cidade antiga de Istanbul.

A partir dela dá para ver as principais edificações da Istanbul otomana, do outro lado da água. Vejam a foto acima, com essa moça bonita em destaque.

Essa região é conhecida como Beyoglu e sempre foi ocupada por estrangeiros, mesmo durante o período romano. Já no império otomano ela foi habitada por genoveses, gregos, armênios, judeus etc. Mais recentemente por europeus das principais potências da época.

Ainda hoje podemos ver os palácios onde funcionavam as embaixadas européias junto ao Império Turco-Otomano. Desde a proclamação da república, após a 1a. Guerra, essas embaixadas foram rebaixadas a "simples" consulados.

Por ser quase uma possessão estrangeira, essa região ficou famosa pela vida noturna. Cafés, bares, cabarets faziam fama do lugar.

Naturalmente, isso era visto com desconfiança pela população local, mas muitos poderosos apreciavam poder ir à "Europa" sem sair de casa.

A Torre Galata é um dos poucos vestígios remanescentes das fortificações que foram construídas em algum dos períodos em que as relações entre os otomanos e esses estrangeiros estavam mais "estremecidas".

Dia nublado, visita aos museus





Hoje o dia amanheceu menos frio, porém mais cinzento.

Era o nosso último dia em Istanbul e havia ainda alguns passeios pendentes: o Museu de Arte Turca e Islâmica e o Museu de Arqueologia entre eles.

O Museu de Arte Islâmica e Turca é famoso pela sua coleção de tapetes. Segundo os próprios, a mais importante do mundo.

Outro aspecto relevante é a casa onde ele fica, uma das mais bem conservadas casas do período otomano.

Como residência de gerações de grão-
vizires, ela é um dos poucos exemplos bem conservados de arquitetura secular.

Em geral, apenas as construções religiosas eram feitas com pedra, as demais com madeira e, portanto, muito mais frágeis.

E casa fica justo em frente à Mesquita Azul...















O Museu de Arqueologia é o resultado de séculos de domínio otomano em regiões relevantes da história de humanidade: Egito e Mesopotâmia são os exemplos mais evidentes. Ele não é tão bem cuidado ou tão grande quanto um British Museum, mas ainda assim é bem impressionante.




Thursday, December 24, 2009

Natal em Istanbul





As crianças estavam animadas com o natal. Compraram lembrancinhas para todos no Grand Bazaar. Então ontem tivemos farta distribuição.


Bem vigiados em Istanbul


A Istiklal Caddesi, a principal rua comercial de Beyoglu, é palco de muitas manifestações e sempre tem polícia de choque por perto.

O Daniel ficou bem impressionado....

Visita ao estádio do Besiktas





Ao longo do passeio de ontem demos de cara com o estádio do Besiktas. Não foi um encontro assim tão fortuito porque já estávamos mesmo querendo ir lá. Era um dos objetivos do Artur aqui em Istanbul.

A coisa não começou muito bem. O pessoal da entrada dizia que o estádio estava fechado, que não era possível visitar, só em dia de jogo....

Mas o museu do clube estava aberto. Demos uma voltinha e percebemos uma porta que parecia desembocar debaixo das arquibancadas. Saímos por ela e, surpresa, estávamos dentro do estádio.

Tiramos um monte de fotos e demos o fora antes de sermos expulsos.



Comida de rua: icli köfte



Conhecido no líbano (e em SP) como kibbeh. O daqui é bem sequinho e contém umas especiarias um pouco diferentes. Fomos no #1 de Istanbul, que é uma barraquinha daquelas que passam de pai para filho há gerações.



Comida de rua: Islak burger



Em português: hamburger molhado.

O pãozinho é banhado em um molho de tomate e azeite e os sanduíches ficam esperando os compradores em uma espécie de sauna. Um verdadeiro banho turco para hamburgers.
É meio esquisito, mas surpreendentemente bom. O molhadinho do pão contrasta com o tempero da carne.

Ouvimos falar que é do tipo "ame ou odeie".

Não ouvi reclamações de ninguém do nosso grupo ...

Comida de rua: böreka



A Turquia também tem böreka. Mas, ao contrário da versão judaica, aqui ela é feita em enormes panelões com camadas bem finas e leves de massa e recheio. Parece lasagna.

Experimentamos 3 tipos diferentes: espinafre, carne moída e queijo. A de queijo ganhou longe e comemoramos a vitória pedindo mais 2 porções.

Wednesday, December 23, 2009

A "Sema" dos dervishes



Hoje fomos à uma apresentação de danças circulares dos dervishes da ordem Sufi Galata Mevlevi.

Foi uma apresentação extraordinária, uma dança ritual repleta de simbolismos. Afinal trata-se de uma tradição de quase 800 anos!

O princípio fundamental da ordem Sufi Mevlevii é que a pessoa deve abrir mão da sua existência e tornar-se "não-existente" com Deus. Ligar seu coração diretamente com Deus seria o caminho mais curto para alcançá-lo. E quem doa seu coração à "Verdade Divina" não possui mais "ego". E quando isso acontece, a pessoa não seria mais capaz de praticar o mal.

Ou algo assim...

Vamos ao espetáculo.

Tudo começa com uma apresentação musical, performada por um conjunto chamado "Mutrip".

Os dervishes entram em cena vestindo um chapéu comprido, que representa a lápide do ego, uma longa saia branca, que representa seu manto, e uma capa negra, que representa sua tumba.

Todo o espetáculo busca representar esse abandono do "eu" para se aproximar de Deus.

Ao final de um solo de flauta, que representa a consagração da alma ao universo, os dervishes, que se chamam Semazens, saúdam um ao outro, em reconhecimento ao fato de que a "Verdade Divina" está no coração de cada um.

A Sema, como é chamado esse ritual, é composta por várias etapas com significados bastante precisos. Os Semazens buscam um meio para os humanos atingirem a "Realidade Divina", uma "intoxicação" da alma!

Os dervishes começam com os braços cruzando o peito, numa espécie de auto-abraço, representando a "Unidade de Deus". A dança a seguir é realizada em vários ciclos, com uma leve aceleração entre um e outro.

No primeiro ciclo, os dervishes procuram manter os olhos abertos para contemplar os mundos e apreciar a grandeza e a majestade de Deus.

No segundo, toda a sua existência é dissolvida na tal "Unidade Divina".

No terceiro, os Semazens completam o ritual de limpeza e atingem a maturidade.

No quarto e último ciclo, eles atingem o ponto da não-existência dentro da existência Divina.

O ritual termina com um solo de flauta e uma leitura do Alcorão.

Nota: Os braços levantados possuem um significado: "De Deus recebemos e ao homem doamos. Nada fica conosco"

A maneira mais tradicional é a mão direita para cima e a esquerda para baixo, como o dançarino do centro do vídeo.

Uma experiência inesquecível! E, para mim, o ponto alto da viagem até agora.

Tuesday, December 22, 2009

Comida de rua: Pide





Jantar em casa. Comemos Pide, compradas num restaurantezinho na esquina de casa.

Tomamos chá enquanto esperávamos.          Naturalmente!

Kadiköy





Kadiköy é um bairro residencial, com uma ampla área comercial. Quase sem turistas, é um lugar para ver como vivem os habitantes da cidade.

Almoçamos num restaurante bacana, cheio de reviews the jornais internacionais como inovador da cozinha turca.

O lugar se chama Çiya. Comemos Lahmacun (uma pizza fininha com carne e temperos) e os famosos kebabs.

http://www.ciya.com.tr/index_en.php

Grand Bazaar



Após o passeio em Kadiköy, aproveitamos o fim de tarde para passear no Grand Bazaar. É uma imensidão, com ruas e mais ruas de lojinhas. Há agrupamentos relevantes - jóias, tapetes, antiguidades, couros, etc - mas o que tem é muita loja de souvenir mesmo.

O mais bacana é o passeio, já que não estávamos muito interessados em grandes compras. Uma boa surpresa foi que os comerciantes são bastante educados e até respeitosos. Segundo dizem, uma melhora em relação ao passado, quando os turistas eram acossados pelos comerciantes. O governo turco conseguiu convencê-los que esse método estava prejudicando os negócios.

O Daniel e a Sofia compraram algumas coisas. O Daniel fez belas negociações, atacando de italiano, inglês e tudo mais. Já pode trabalhar no Bazaar, onde se fala todas as línguas do mundo.

As cores do lugar são incríveis. Espero que dê para ver um pouco nas fotos ao lado.

Uma coisa interessante é a capacidade que eles têm de atrair as pessoas. A D. Fany, que tem uma certa experiência em comércio, bem que tentou mas não conseguir resistir à teia do vendedor de jóias de prata.

Viagem à Ásia - Kadiköy


Hoje resolvemos caminhar. A parte turística da cidade é bem pequena e quase tudo está a walking distance. O legal dessa caminhada é atravessar uma ponte cheia de pescadores. Não sei se é fome ou falta do que fazer dessa gente.

O programa hoje era ir para a parte asiática da cidade, num bairro residencial "emergente" chamado Kadiköy. Não há nada muito turístico para ver, mas o lugar é simpático.

E o andar de barco é parte da diversão. São só 20 minutos, mas já dá para curtir.

Monday, December 21, 2009

Aniversário no harem do Sultão

É o aniversário de 15 anos do Artur, sobrinho de uns e primo de outros.

O baile vai ter que ficar para outra ocasião. Ele teve mesmo que se contentar com uma ida ao Harem dos sultões do império otomano.

A falta de foco é proposital, pro pessoal não notar a decepção do rapaz ao descobrir que só tinha azulejo, lustre e sofá para ver por lá...

Sem falar nas 15 liras (R$ 17) adicionais para entrar no Harem.


Jantar no Kafe Ara





No jantar fomos comer no restaurante do Ara Güler. O cidadão é uma instituição aqui em Istanbul por ser o fotógrafo mais conhecido da Turquia. Ele ficou famoso por suas fotos da Istanbul dos anos 50.



O café dele é conhecido por estar sempre muito cheio e por ser frequentado pelos intelectuais da cidade. É comum vê-los com cadernos de anotações, portifólios, partituras e que tais.

Nós fomos lá para mudar esse riscado e simplesmente exibir nossa beleza exterior.




Para os interessados, segue uma palhinha do Güler.




Banho turco, vale a pena!

Para comemorar o aniversário do Artur com um banho ritual, fomos hoje à um dos Hamams mais tradicionais de Istanbul, o Cemberlitas Hamami. Não dá para tirar fotos dentro do lugar, portanto sugiro consultarem o website.


Homens e mulheres, naturalmente, tomam banho separados. Passamos 1,5 horas no banho, que incluiu um descanso no mármore quente, esfoliação, massagem, puxação e balde de água na cabeça.

Muito bacana todo o processo. Um pouco turístico, com direito à uma caixinha forçada no final, mas uma experiência imperdível em Istanbul.


Cisternas de Yerebatan


Um passeio surpreendente de hoje foi a visita às cisternas de Yerebatan. Elas foram construídas pelo Imperador Justiniano junto com a Aya Sofia. No entanto, ficaram esquecidas por cerca de 1000 anos.

Lá por 1500, elas foram redescobertas por um francês, que percebeu que as pessoas obtinham água baixando baldes a partir de buracos do chão de casa.

Quando foram investigar, havia essa verdadeira maravilha arquitetônica embaixo!